Sobre

Plataforma de Indicadores de Saneamento de Base Natural

O gráfico ao lado relata a evolução da captação de dados de campo (indicadores) em cada um dos municípios. Está em constante evolução e atualização, conforme conseguimos visitar os bairros e contatar os moradores locais. Entenda melhor sobre nossas metodologias abaixo.

Surgimento dos Indicadores

Foi realizado o levantamento de dados secundários oficiais referentes às áreas rurais dos municípios da baixada santista através das documentações e contratos municipais.

Além desses, previu-se também reunir informações registradas e fornecidas pelas centros de pesquisa, destacando-se o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (SEADE), estudos de universidades, entre outros como: Sistema de Informação de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (SISAgua), Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento (SNIS) e Programa Nacional de Saneamento Rural (PNSR).

As informações fornecidas pelos institutos, fundações e agências são apresentadas de forma universal por município. A maioria desses não disponibiliza as informações coletadas detalhadas por bairros, dessa forma não se sabe quais bairros foram coletados e se incluem as zonas rurais, pois a maioria desses referem-se apenas às áreas urbanas.

Essas informações não são representativas, pois a informações são superficiais e por amostragem. Assim sendo, notou-se a necessidade de ir a campo coletar as informações mais a fundo, levantando os dados primários deste estudo.

 

 

Levantamento de Dados em Campo

Nosso diagnóstico é realizado através de visitas de campo aos bairros alvo, batendo de porta em porta nas casas e falando com os moradores. Tentando sempre localizar lideranças locais e associações de bairros para nos auxiliar nesse diagnóstico, visto que conhecem melhor o bairro, a história, o funcionamento das instalações existentes e quando não encontramos o morador em casa, esses outros moradores normalmente sabem informar quando encontra-los.

São aplicados questionários para os moradores a respeito do saneamento, referentes a água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem. Veja o modelo dos questionários em anexo.

São visitados e mapeados com GPS os pontos onde existem os indicadores. As casas são visitadas, localizadas as existências de fossas, bem como a destinação do esgoto. Também se mede os quintais com o auxílio de trenas, para saber e mapear as áreas livres nos quintais, com foco na instalação de sistemas futuros, a fim de sabermos se terá espaço suficiente para os sistemas dimensionados futuramente.

Os moradores ou representantes principais nos guiam até a captação de água para ser registrada e explicam o funcionamento do tratamento, armazenamento e distribuição. Bem como explicam a respeito da coleta de resíduos realizada no bairro e localizações. Os dados de esgoto, fossas e drenagem é coletado mais coletivamente, com o relato de cada morador a respeito de sua moradia.

 

Saneamento de Base Natural

Os tratamentos de esgoto convencionais são resumidos em: coleta, afastamento, centralização, tratamento físico e químico e destinação final em mar ou corpos hídricos. São sistemas coletivos, abrangendo grandes áreas, muitas moradias e a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) são instalações bem grandes para dar conta desse grande volume, contando com grandes tanques para filtração e tratamento, com muitos gastos de energia e produtos químicos.

Essa proposta de ETE convencional não é aplicável a áreas isoladas e com baixo número de moradias, pois não é economicamente viável para a companhia de saneamento fazer essa instalação e algumas áreas são muito isoladas e de difícil acesso, não sendo possível chegar com as tubulações. Além de que seria de alto custo para os moradores, sendo que geralmente são comunidades de baixa renda que moram nesses locais.

Devido a isso, encontrou-se saídas economicamente e ambientalmente sustentáveis, com base nas normativas foi possível elaborar alternativas unifamiliares de tratamento local, o que aqui chamamos de Saneamento de base natural.

Esse nome se dá devido ao tratamento do esgoto ser realizado de forma biológica, sem uso mecânico, de eletricidade ou de produtos químicos. O que facilita a manutenção para os moradores e reduz os custos que teriam com sistemas convencionais.

Os sistemas se resumem a: Tratamento Primário (fossa séptica), Tratamento Secundário (filtro anaeróbio), Tratamento Terciário (cloração ou filtro de areia) e Destinação Final (sumidouro ou vala de infiltração e evapotranspiração).

Todos os sistemas são previstos em norma. Os sistemas primários e secundários são obrigatórios por norma, pois é o mínimo necessário para o tratamento do esgoto. O sistema terciário foi adicionado para um maior nível de tratamento, pois a maioria dessas áreas possui alto índice de infiltração no solo (por ser predominantemente areia) e nível de água subterrânea raso, o que faz com o que o contaminante encontre rapidamente a água (também captada para consumo humano). A destinação final serve como um tratamento final, pois ainda há depuração do contaminante nessa fase antes de encontrar a água subterrânea e também impede que seja jogado diretamente nos rios ou mar, o que aumentaria o nível de contaminação.

Além de ser todo baseado em filtração biológica (realizada por bactérias), o sistema conta ainda com a parte de evapotranspiração na destinação final, que se trata da plantação de arbustos e flores em cima da vala de infiltração. As plantas auxiliam no tratamento, pois elas consomem os nutrientes e matérias orgânica do esgoto (que seriam contaminantes na água) e também consome parte do liquido (água) do esgoto, reduzindo a quantidade infiltrada no solo.

Esses sistemas são pensados e dimensionados de acordo com as particularidades de cada residência, do solo do local e nível de água subterrânea (obtidos através de sondagens). A forma de construção e materiais também são modificados de acordo com a região, visando a melhor logística, pois alguns lugares não possuem acesso de carro ou caminhão, sendo necessário levar os materiais por barcos ou trilhas (na mão), assim são pensados materiais alternativos para o uso, facilitando a logística, transporte e trabalho dos moradores.

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